Somente a leitura nada transforma. Obre, ouse, exponha-se, comprometa-se e caminhe com empatia. . . . . . . . . . . . Transformando o Ser ==> www.transformandooser.blogspot.com

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Um ser amado

Um ser amado, de gênero oposto ou igual, de qualquer cor, e de qualquer origem, não acaba com o nosso sofrimento do dia a dia e nem nos faz sublimá-lo, mas o amor verdadeiro por alguém amado, ou pelos filhos, nos faz mais fortes e faz do sofrimento um algo menor.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Foi-se o tempo

Foi-se o tempo em que dar tempo ao tempo valia alguma coisa, agora é chegado o tempo de se fazer no tempo, o tempo acontecer. Tempo arredio, tempo que ninguém vê, tempo que todos juram sentir, mas tempo que eu não creio fluir. Tempo que somente existe no objeto espaço-tempo. Foi-se o tempo de esperar, é tempo de agir, é tempo de tentar, é tempo de se expor, é tempo de transformar se transformando primeiro, é tempo de se aventurar, de ousar, de ser aventureiro, de caminhar à frente, sob a pena de perder a história do tempo, pelo tempo que virou apenas história, pior ainda, pelo tempo que virou apenas e mera estória.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Este sou um pouco eu

Amante da vida.
Apaixonado por meus filhos.
Encantado pela minha esposa.
Maravilhado pela ciência, pela verdade e pelo social.
Aprendiz das letras.
Letras, são elas que me libertam hoje a alma, e permitem ao meu espírito crítico, ético, social e científico, ganhar liberdade.

Escrevo por que não consigo falar para muitos,
Mas caso pudesse falar, escreveria também.
Escrever é um encanto, um deleite, um vício e um prazer.
Escrever é parte de mim.
Pode não ser uma escrita lírica ou poeticamente bonita, porém é sincera, e fruto de muita verdade do que sinto, e do que penso.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Se o prazer é o prioritário


Na ânsia de amar, esquecemo-nos do amor.

Na ânsia do prazer esquecemo-nos do outro.

Se o gozo é o prioritário, e não o ato em si, o amor natural, o completar-se social e humanamente, ou a felicidade comum, a masturbação é o caminho mais fácil, ainda mais no imediatismo do agora.

PS: adaptação de um pensamento de André Comte-Sponville

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Experimento ser


Experimento a todo o instante realizar um ser que nunca fui, sendo um pouco do que sempre fui, inconsciente daqueles que me fazem realmente ser o que sou.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ao invés


Ao invés de entender a revolta que me assola como algo ruim, ouso tentar fazer dela o motor de minha transformação frente ao que sou e ao que aqui está.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A Mulher


A Mulher é muito mais que somente um ser de direito, ela tem que possuir o total e inalienável direito de ser plenamente um ser. Respeito, igualdade e liberdade para com todas as mulheres, sem desculpas de espécie alguma, muito menos culturais ou religiosas. Como homem nunca sentirei em primeira pessoa toda a opressão e preconceito, mesmo aquela subliminar ou disfarçada que elas sofrem e sentem, mas isso não é desculpa para me omitir pela igualdade de gênero. Retirar ou minimizar a mulher, é retirar ou minimizar a boa política, é distorcer nossa humanidade, é brincar de sermos um ser social.



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Não adianta fazer cara

Não adianta fazer cara de bonzinho, se sou muito mais omisso do que deveria ser.

Não adianta fazer cara de culto, se no fundo quase nada sei.

Não adianta fazer cara de sábio, pois que sábios não existem, é uma mera abstração de algum ideal, e no fundo que bom que não existam.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Não somos imunes à fome e nem ao abandono social

Não somos imunes à fome e nem ao abandono social. Não há sentimento de humanidade, autoestima, ou dignidade humana que resistam as amarguras, as intempéries, e as desilusões humanas de sentir-se um quase nada, de se sentir sobra, ou de se sentir rejeição humana.

Não somos imunes à fome, pois que a fome corrói fortemente o respeito pela sociedade, e esta corrosão é agravada mais ainda quando a fome é claramente percebida como sendo o resultado de total abandono desta mesma sociedade.

sábado, 15 de novembro de 2014

Cada nova criança


Cada nova criança que nasce, aumenta nossa responsabilidade pelo que deixamos de legado, ou de exemplos.

Cada nova criança que nasce, aumenta nossa responsabilidade pelo que não fazemos pelo futuro da cada uma destas novas crianças que nascem.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

AMO

Não amo, necessariamente, porque seja o amor unicamente humano, não tenho sinceramente subsídios para garantir abertamente esta resposta, mais ainda, em verdade creio mesmo que o amor seja animal, apenas em intensidade e complexidade menor, mas creio que amo, se é que amo, com alguma boa certeza, porque é humano amar, mas é também humano odiar, então amo porque é humano amar e porque escolhi tentar construí-lo em meu viver. Talvez não ame o suficiente, com certeza não amo o suficiente, ou o tudo que possa e deva, porque no fundo sou um fraco. Se tivesse aprendido o mínimo sobre o amor, deveria entender que ele ocorre em primeira pessoa, mas nunca para a primeira pessoa. O Amor é realizado no eu, mas sempre e obrigatoriamente para o tu, para o ele, para o nós, e para o eles. Quem ama somente por si ou pelos seus, não tem a mínima realização do verdadeiro amor.

domingo, 9 de novembro de 2014

Onde


Onde a nossa desumanidade não mais nos sufoca ou nos envergonha, sobra a miséria sufocando muitos, o medo sufocando outros, e a vaidade destruindo ainda mais o pouco do humano que nos restou, nos levando as raias do total descompromisso social, do descaso humano, e da irresponsabilidade pessoal.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ninguém precisa me ouvir

Ninguém precisa me ouvir. Ninguém precisa me seguir. Ninguém precisa me ler. Não sou exemplo direto, ou indireto para ninguém. Tento apenas ser um ousado aprendiz, revoltado pelo que não fiz, pelo que não faço, e pelo que não consigo transformar, horas rebelde, horas ousado, mas a maior parte do tempo um infeliz omisso, mais um caso de descaso entre todos os casos que se omitem. Tento ser um leitor contumaz da realidade que me cerca, mas não por isto sou diferente, nem melhor e nem pior, sou assim um qualquer, não mais que qualquer um, mas diferente exatamente pela simetria não regular do quanto busco ser, sendo muitas vezes muito menos do que deveria, sem deixar de em outras inúmeras vezes me omitir, quando a revolta deveria, ela mesmo, me provocar e me transformar em mais um elo de alavancagem da tão necessária transformação, transformação esta que deve primeiro passar por mim, para que possa pelo menos incomodar aos que se encontram em seu estado de conforto, pelo que a sociedade lhes serve de sustentáculo, e de letargia pela falta de vontade de transformar.

sábado, 1 de novembro de 2014

AMIZADE

Um amigo que não critica, que não se expõe, e que não nos mostra nossos erros, pode ser tudo, mas não é digno de ser chamado amigo.

Se eu quero um amigo para aceitar abertamente e submisso tudo que penso e faço, eu não preciso de um amigo, talvez de um animal de estimação, ou um mero acompanhante sem maiores responsabilidades com a vida, o viver e a amizade.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A razão e o Amor, ou é o amor racional

A razão, não pode ser ela, a causa para qualquer desumanidade ou maldade. Por mais que a falaciosa interpretação de que o coração seja mais humano que a razão, é exatamente a razão e a racionalidade quem pode exercer o papel de mediador consciente de nosso existir.

Agir, pensar ou realizar descolado da razão, é um passo para o fanatismo e para a adoração. Mesmo o amor sem racionalidade pode ser tudo, pode até ser paixão, mas jamais será verdadeiramente amor. Quem ama o que criticamente desconhece ou quem ama sem uma racionalidade está a um passo da obstinação e da posse, do fanatismo ou do fundamentalismo.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Posso não me achar culpado

Posso não me achar culpado pela exclusão social que aqui está, posso até me achar protegido contra esta exclusão, mas a realidade é caótica e posso amanhã ser um deles, posso amanhã ser a ira de um deles, e neste momento mais nada poderei fazer por eles.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Transformação

Somos um pouco hipócritas se achamos que podemos mudar realmente o mundo, sem mudarmos a nós mesmos, ou que possamos ajudar nesta transformação sem nos expormos ou nos comprometermos de corpo e mente com nossa doação e nossa real luta. Sem um compromisso pleno poderemos até conseguir algumas mudanças, mas serão todas temporárias ou meramente superficiais, daquelas que não chegam a levar a lugar algum novo. Estaremos apenas trocando de mãos o poder, e com o tempo, porque somos os mesmos, tudo volta ao que antes era. Não desejamos ficar trocando de mão o poder, e no geral nem desejamos o poder em si mesmo, o que queremos é uma transformação social, onde todos possam realmente ter responsabilidades uns sobre os outros, direitos comuns, e liberdades desde que estas não impactem socialmente a ninguém, ou coletivamente a própria liberdade de todos.

domingo, 21 de setembro de 2014

Uma pedra desperdiçada não constrói um castelo

Uma pedra desperdiçada não constrói um castelo!!!???

Eu li “Uma pedra desperdiçada não constrói um castelo”, sem provocação, ousaria acrescentar que uma pedra guardada também não é garantia da construção de nenhum castelo. O mundo e o viver são caóticos, “tudo muda o tempo todo no mundo”. Eventos externos podem a qualquer momento mudar tudo. Como por exemplo, em figura de imagem, um terremoto pode espalhar todas as pedras, um deslizamento pode por a perder todas aquelas pedras guardadas, uma tempestade ou uma tsunami pode varrer todas as pedras guardadas, alguém pode rouba-las, alguém pode utilizá-las para matar outro ser humano por apedrejamento,  ou o colecionador pode simplesmente morrer e não fazer uso algum de cada pedra guardada. Ao invés de guardá-las na esperança de construir o castelo, devemos fazer bom uso de todas as pedras no momento presente, ou pelo menos iniciar logo a construção de um cômodo que possa usar para prover de morada a uma simples família, uma criança ou para mim mesmo. Somente vivemos o presente, e o futuro pode nunca chegar, ou chegar de forma muito diferente daquela que imaginávamos. Guardar para que?

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Sempre que me furto de pensar


Sempre que me furto de pensar
Outros por mim pensam
Por mim decidem
Por mim, “me” guiam.

Sempre que me furto de pensar
Ando a reboque de outros.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

No hipócrita romântico e no impostor teatral

Adoraria crer que fosse verdade que:

Na profundeza insana de nosso ser
Batesse latente, talvez adormecido
Um desejo sincero de amar e ser amado

Na grandeza de nossa humanidade
Batesse latente, talvez adormecido
Um desejo sincero de transformar e de ser transformado

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Educar e amar

Educar e amar são necessários para o preparo de nossas crianças e juventude. Mas até mesmo para educar e amar plenamente é necessário uma estrutura social, política e econômica que propicie dignidade humana a todos, e não apenas a um subconjunto de toda a população. Ninguém nasce odiando ninguém (a menos de possíveis casos de desvio mental), ou com preconceitos, ouso dizer que o ódio e o preconceito decorrem de um aprendizado cultural, nós acabamos ensinando as crianças os preconceitos e o sentimento de ódio, desrespeito e rancor. Se ao longo do tempo, fomos capazes de ensinar ódio, rancor e preconceitos, tenho a certeza que com coragem e vontade podemos ensinar o respeito e a compreensão, o compromisso e o comprometimento, o altruísmo e a doação. Ninguém nasce odiando outros povos, outros grupos, outra “raça”, outra etnia, ou outras opções de viver, de crenças e de não crenças, aos poucos isto é ensinado as crianças, por catequese cultural, mesmo que não intencionalmente em alguns casos, pelos pais, pelas escolas, e pela sociedade, pois que rancor às diferenças não nasce formado. É bem verdade que geneticamente temos uma tendência a preferir os nossos, pois ao longo dos milhões de anos de evolução, tivemos que defender, e dependemos dos nossos para sobreviver, e se hoje aqui estamos é porque os nossos ancestrais tiveram que defender seus grupos, mas se esta preferência fosse motivo e justificativa principal para odiar os outros, retirando-se nossa família e os amigos mais íntimos, teríamos que odiar a todos os outros, e todos sabemos que não é isto o que acontece. A cultura, a educação, a sociedade, e o sistema, foram catequisando que aqueles que compõem o grupo dos nossos é uma coleção mais ampla de seres, o grupo que interessava, o grupo dos mesmos interesses, como: a mesma religião, a mesma nacionalidade, a mesma cor, a mesma classe ou situação social, e etc. etc. etc... Então pode estar ai a nossa solução, educar, não mais catequisar, que os nossos inclui, para todo o sempre, todo mundo, todos os humanos, todos os da mesma espécie, independente de crenças, credo, cor, raça, gênero, cultura, posição social, time de futebol, opções sexuais, nacionalidade, e etc., ainda mais, que os nossos deve incluir por adesão natural os seres vivos em geral e a própria natureza como um todo, pois que todos somos irmãos em espécie com todos os humanos, primos em espécie com todos os seres vivos, pois que em algum nível temos ancestralidade comum, e todos somos dependentes da natureza.

sábado, 30 de agosto de 2014

O AMOR

O amor não bate na porta para entrar, o amor, quando existe, quando construído, clama em nosso ser para sair, para ganhar a realidade do mundo, para estruturar forma, meio e veículo na construção contínua que dele fazemos. O amor não é ensinado nem aprendido, o amor é construído, e nasce dos muitos que somos para os muitos do mundo para quem o devemos dirigir, sem preconceitos, ou falsos valores, o bom seria sem valor algum, ou apenas com o valor do próprio e único do próprio amor, entretanto entendo ser impossível viver sem valores. O amor é por si só o valor dele mesmo e de tudo o que com e por ele construímos também. O amor não é troca, é muito mais doação, o amor não espera retorno, espera apenas e tão somente os semelhantes, para o distribuirmos. O amor não busca compromisso, compromete-se.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

AMOR

O amor não "parte" corações, a paixão, ou talvez a paixão não correspondida ou frustrada por um término indesejado possa sim "quebrar" um coração, ou levar a doenças, frustração, depressão, ou agressividade. O amor, da mesma forma não “cega”, não dói, não frustra, não enlouquece, não mata, não ofende, não é passional, não deprime, e não irrita, pois o amor nada cobra, nada oprime, nada destrói, o amor é mais uma espécie de doação, de compromisso, de quase comunhão, de empatia, e de transferência, tem sempre algum viés de altruísmo e de engrandecimento do próximo, seja lá quem for este próximo, e do amadurecimento humano e social do relacionamento. O amor, além de tudo, necessita e se completa mutuamente com um que de racionalidade. Racionalidade esta que o diferencia diretamente da paixão. Ambos são hormonais, são estados mentais de um status momentâneo do nosso circuito cerebral, nenhuma delas é divino ou místico, mas o amor tem um componente de construção e reconstrução intencional. Sim ambas são materiais, no sentido de serem “representações mentais” emergentes da materialidade de um complexíssimo circuito neuro-hormonal. São coisas muito bem distintas, a paixão pode surgir a primeira vista, o amor requer construção, mesmo o amor pelos nossos filhos, codificado geneticamente em nossas entranhas nucleares,  se constrói e se nutre em pleno processo da gravides, tanto para a mãe quanto para um pai participativo.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Um poeta nunca é cego

Um poeta nunca é cego, pois mesmo que se os olhos reais lhe faltassem, continuaria vendo, e o essencial percebendo, com os olhos do espírito mental, aqueles olhos capazes de ver a bela imagem do nada frente ao tudo que este nada pode ser, e que conseguem extrair beleza e poesia do real sentido de materializar o que ainda não é, como se sendo fosse.

domingo, 17 de agosto de 2014

Em pleno desencontro, me procuro

Perdido em pleno tumulto de seres, sou um, cada hora um, no caos dos que me compõem. Em pleno desencontro de almas, me procuro em uma louca jornada pelo improvável, pois quando creio me encontrar comigo mesmo, já sou outro, já não sei de novo quem sou.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ilusão

Ilusão é viver crendo-se totalmente dono de si mesmo.
Ilusão é viver crendo-se totalmente consciente do que é, do que quer, do que faz e do que pode ser.
Ilusão é crer-se no controle do seu livre arbítrio.
Ilusão é crer-se sábio.
Ilusão é crer-se melhor que os outros.
Ilusão é crer-se signatário de algum contrato social digno, ético e verdadeiramente social.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Heróis?

Utilizando-me de uma colocação de Bernard Shaw “Desgraçados os povos que necessitam de heróis”, eu acrescentaria mais, que principalmente quando é o próprio sistema que tenta de forma midiática construir heróis que são por si só, em sua grande maioria, alienados à realidade social e humana de nosso país, ou mesmo quando estes heróis que a sociedade procura, o faz apenas cobrir algum buraco existencial em nossas próprias vidas, ou a necessidade de torcer por heróis quando nos falta ação, comportamento, ousadia e atitude para trabalharmos, por nós mesmos, sempre visando o coletivo, pelo que nossa sociedade necessita, pelo que nos faça heróis secretos de nós mesmos, não por nós mesmos, mas pela construção ou transformação social, que nos permita perceber que somos parte de algo maior, de algo útil, e de algo verdadeiramente  digno, natural, humano e social. 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O Amor sempre vale


O Amor sempre vale, não somente pelo que é, posto que é difícil de chegar lá, mas vale muito mais pela transformação que estabelece enquanto empenhamos esforços na sua busca e construção.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Oportunidades (des) iguais

Oportunidades (des) iguais

A fome é um excelente solvente para a sociedade.
A miséria dilui a dignidade humana.
A exclusão social dissolve com a autoestima.
A opressão dissipa a ideia de segurança.
O preconceito corrói a relação interpessoal ou social.
O desrespeito humano e social oxidam qualquer conceito de responsabilidade ou comprometimento.
A vaidade, a prepotência e a arrogância humanas destroem a empatia humana.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Como me reencontrar


Como eu posso me reencontrar, se para que me perdesse deveria me conhecer, e jamais me conheci em verdade, aliás, como ninguém jamais se conheceu em pleno exercício do verdadeiro viver.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Uma criação

Um poeta, um escritor ou um pensador, devem compor com um que de revolta e de transformação. A poesia, a criação literária ou filosófica difere da beleza simples no que possui de energia transformadora. Até mesmo uma pintura, ou mesmo uma escultura, sem alguma imagem crítica, sem algum que de revolta ou de ousadia pela transformação, para mim perde um pouco de seu valor em vida, para apenas ser um que belo de se apreciar, ou um belo de se emocionar,  mas sem um porque de se fazer transformadora no que comunica, ou emocionante no que provoca transformar.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ler é muito bom, mas requer muito cuidado e atenção

Ler é muito bom, mas requer muito cuidado e atenção, em todo e qualquer texto, inclusive nos meus, não somente pelo entendimento em si, ou pelas interpretações possíveis, posto que a linguagem comum e corriqueira é viva e dinâmica, e assim palavras individuais podem possuir, e muitas vezes possuem, significados diferentes para pessoas diferentes, por motivos diversos, mas também pela possibilidade mal intencionada de quem o escreveu . Desta forma, a leitura acaba tendo um pouco, ou muito, de abstrata quanto a não objetividade real daquilo que o escritor exatamente gostaria de ter escrito, daquilo que ele sentia, daquilo que ele pensava. Exatamente por isto, para a ciência existe uma linguagem muito mais própria, que é a matemática e a “axiomatização”, buscando por acabar, ou pelo menos, reduzir ao máximo a subjetividade da interpretação de cada leitor.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Será possível amarmos plenamente

Seria possível que amassemos plenamente?
Sinceramente não creio. Mesmo sendo difícil, quase impossível definir o que seja amar plenamente, podemos, cada um com certa variação de valores e de formas, imaginar que amar plenamente seja a realização subjetiva do sentimento de amar como algo completo, infinito e perfeito. Entendo eu que amar plenamente implicaria em um estado de perfeição, em um estado utópico idealista de nosso ser, de nosso subjetivo, que sinceramente não creio ser possível de alcançar, em especial por ser nosso cérebro limitado, imperfeito e por não ser o amor algo programado naturalmente em nossos circuitos neurais, e sim fruto de uma construção contínua, graças a plasticidade deste mesmo circuito. Por outro lado, o entendimento e a percepção do que seria amar plenamente, é por si só construído também subjetivamente, imanente a cada um que pensa, sendo assim, por si só, já impossível de ser algo universal, independente da impossibilidade física, material e neuronal de ser perfeito em qualquer coisa e muito menos em amar plenamente.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

O vento sussurra

O vento sussurra aos meus ouvidos a saudade daquilo que ainda não vivi e a expectativa daquilo que já não mais é, e que nunca mais será. A natureza reluz ecoando um espaço-tempo que pode nunca chegar para mim, uma complementaridade de uma singularidade em uma bolha de multiverso que pode não ser a minha. Na ânsia diária de realizar meu viver sofro e me exponho em todo contínuo momento presente, me abrindo para o futuro que gostaria de experimentar, neste real universo que me possibilita existir, mas existo subjetivamente apenas em um presente-passado.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Tempo


Foi-se a muito tempo, o tempo de esperar chegar o tempo da transformação. É verdade que sempre há tempo de fazer o tempo ser o tempo de começar. Porque esperar o tempo, que pode nunca chegar a ser o tempo, certo ou errado, pois que o nosso tempo pode não mais ter tempo para o tempo? Desta forma, façamos do agora o nosso tempo de aproveitar cada novo tempo, fazendo deste tempo o tempo de nos lançar, ainda a tempo, de nos transformar.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Olhar

Entre olhar para o passado ou para o futuro, eu prefiro olhar para o presente, sem esquecer-me do passado como um aprendizado, ou do futuro pelo que possa construir agora para ele, me transformando e me preparando para o que ainda não é. Sendo um pouco mais preciso, não consigo e ninguém consegue olhar e perceber o presente, pois que quando o percebemos como presente, uma fração de tempo já decorreu e este já é passado. É incrível que realizamos o presente, mas apenas percebemos ou vivemos o sentido real já em pleno passado.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Uma sociedade que silencia

Uma sociedade não se finge de muda, se tal parece é por que ela está realmente muda, é porque ela deve ter se emudecido ao longo do tempo, da convivência com os excluídos, como se estes não fossem nosso problema, ao longo do crescimento da individualidade e da insensibilidade, posto que se emudeceu naturalmente, como se natural fosse aceitar a desumanidade social. No geral, uma sociedade não pode se fingir de nada posto que ela já seja, simplesmente reflete a emergência intricada, caótica e emaranhada de seus próprios membros, seus interesses maiores e o comportamento domesticado pelo sistema em alinhamento com desígnios dos que detêm o poder econômico, político e corporativo. (Lembrar apenas que caótico não é, e nem nunca foi, sinônimo de aleatório, não é o oposto direto de determinado, e sim sinônimo de não previsível em totalidade apesar de ser um processo determinista em essência). Se a nossa sociedade é muda, ela o é pela desumanidade, insensibilidade e inação da maioria de cada um de seus membros. A sociedade emerge da complexidade mental de cada um de seus membros, de suas interações, de seu comportamento, de suas aspirações, de seus desvios, e de seus interesses, refletindo em realização social, o compromisso, ou melhor o descompromisso, humano de cada um de nós.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A maldade

A maldade muitas vezes se esconde por detrás de falsos cordeiros, maquiando-se como representantes e defensores do bem e da humanidade. Ela pode estar na sua casa, na minha casa, pode estar comigo, pode estar em alguém que amamos, pode estar em alguma igreja, em alguma escola, em alguma fábrica, pode estar comandando uma legião de românticos e ingênuos jovens, pode estar nascendo em meus filhos, pode estar corrompendo almas e corações com olhos languidos, voz meiga, postura falaciosamente ética e digna, pode estar seduzindo pela sensualidade, pode estar arrastando vidas pelo prazer, pode estar demolindo existências pelos vícios, pode estar pervertendo almas, destruindo lares, racionalizando, induzindo ou iludindo, e tudo isto com ares de bondosa, de coitada ou de idealista...

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Este sou um pouco EU

Este sou um pouco EU
Amante da vida.
Apaixonado por meus filhos.
Cativado pela minha esposa.
Encantado pelo viver e pelo conhecer.
Revoltado pelo que aqui está.
Entristecido com o que sou.
Aprendiz das letras.
Letras, são elas que me libertam hoje a alma, e permitem ao meu espírito crítico, ético e científico, ganharem liberdade.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Em minha juventude: Amor

Falava do amor...
O amor, este ideal de ser, de sentir, de viver e de repartir. Este ideal de comprometer-se, de doar-se e de superar-se.  O amor ideal não é uma qualidade física, ou um atributo natural à existência do viver, animal, humano, A natureza possibilita o amor, mas nem todas as variações do sentimento de amor é algo naturalmente plotado geneticamente em nosso ser mental, entretanto, o amor enquanto realizar é um sentimento (e uma prática) natural, posto que mental, hormonal e bioquímico. Isto não significa necessariamente nada de bom ou de ruim por si só, significa que horas ele atuará por derivação genética como o sentimento de amor pelos nossos filhos, pois que a evolução selecionou naturalmente aqueles pais que mais amavam seus filhos, pois estes pais mais defendiam seus filhos e mais se esforçariam para mantê-los a salvos, e desta forma permitindo assim que os filhos sobrevivessem mais e chegassem a idade da reprodução (não é ofensivo, é o natural da animalidade humana). Os filhos que mais sobreviveram foram aqueles que foram mais protegidos por seus pais. 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Sobre a humanidade


A humanidade é um atributo individual, representa o nosso ser, mas somente faz sentido, se nos valoriza em relação ao corpo social.

A Humanidade que só se veste a si própria, é desumanidade que despe o corpo social.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Indiferentes ao que podemos ser

Indiferentes ao que podemos ser, somos o que a genética, a sociedade, e a inércia do próprio viver nos faz ser. Esquecemos apenas que pela termodinâmica, o caos e a perda consistente da organização é o nosso destino, é o fim natural. Sem aplicarmos energia intencional, o caminho natural de tudo é um natural aumento da desordem, é a desagregação contínua de toda e qualquer informação. Apesar disto tudo, alguns de nós, chego a crer em muitos de nós, nos achamos física e intelectualmente preparados para deixar a vida nos levar, como ela quiser, e para onde ela quiser. É certo que a vida, a realidade do dia a dia, é mais forte que qualquer preparo nosso, porque caótica e insensível, a realidade acontece, mas daí a deixar totalmente solto o nosso viver, vai muita diferença. A realidade é por si só caótica, não quero dizer absolutamente aleatória, quero dizer determinista porém sem capacidade de com o nosso estado atual de conhecimentos, tecnologia e capacidade sensorial de obter todas as causas em tempo real, a nossa capacidade de previsão se perde, algumas delas em poucos ciclos, sendo que para outras conseguimos uma previsão longa, porem quando estendemos em muito este prazo, esta previsão também tende a se perder. Mesmo sob previsão temporal curta, eventos externos, não “escopados” na análise inicial, a maioria absoluta deles que desconhecemos, podem a qualquer momento afetar nossa previsão. 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

A pior verdade é aquela que nos mostra como somos, nus e crus

A pior verdade é aquela que nos mostra como somos, nus e crus. Esta verdade muitas vezes machuca e incomoda demais pois que derruba nossas máscaras, tornando público o que somos, destruindo a falaciosa imagem que construímos do que gostaríamos de ser, do como gostaríamos que os outros nos vissem, e do como acreditamos que o mundo nos preferisse ver. Quantas amizades construímos por interesses, quanta caridade fizemos apenas por vaidade com aquilo que nos sobra ou que não mais nos interessa, quantas vezes passamos ao largo de qualquer empatia ou sensibilidade pela dor do semelhante, quantas vezes fomos desumanos ou prepotentes nos achando maiores e melhores que muitos outros, quantas vezes fomos omissos simplesmente porque não nos incomodava diretamente o sofrimento que víamos ou que tínhamos conhecimento.   

A pior verdade é aquela que nos mostra como somos, nus e crus.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A vida é o bem maior


“A vida é o bem maior”.

Assertiva muito fácil de falar, principalmente quando egoisticamente apenas nos referenciamos, consciente ou inconscientemente, a nossa própria vida, ou a daqueles que cremos amar, como filhos, pais, família e amigos próximos. A vida é o bem maior, muitas vezes reduz-se egoisticamente a nossa vida é o nosso bem maior.