Um amigo que não critica, que não se expõe, e que não nos mostra nossos erros, pode ser tudo, mas não é digno de ser chamado amigo.
Se eu quero um amigo para aceitar abertamente e submisso tudo que penso e faço, eu não preciso de um amigo, talvez de um animal de estimação, ou um mero acompanhante sem maiores responsabilidades com a vida, o viver e a amizade.
Ser amigo é entre muitas outras coisas ser corresponsável pelo outro, é ter a coragem de nos mostrar nossas falhas e a ousadia de tentar nos fazer entender que a amizade nos obriga a buscar a essência do humano e da dignidade social, principalmente em nossos amigos, não limitado somente a estes.
Ser amigo é tentar entender, compreender, mas não necessariamente aceitar tudo, se não poderia ser amigo de estupradores, sequestradores, terroristas, e outros mais, e me nego a sê-lo, a menos que sincera e racionalmente tenham abandonado este lado, tenham se reabilitado, e tenham pago pelos seus erros, assim, neste caso não terei preconceitos em tê-los como amigos, se me escolherem para tal, (mesmo que não me escolham para tal, terei empatia para com eles) até mesmo para ajudá-los, de minha modesta forma, a realmente se encontrarem como humanos e seres sociais que no fundo são.
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