Somente a leitura nada transforma. Obre, ouse, exponha-se, comprometa-se e caminhe com empatia. . . . . . . . . . . . Transformando o Ser ==> www.transformandooser.blogspot.com

sábado, 9 de abril de 2016

Não creia possível, o impossível

Não creia possível o impossível, ele realmente existe.

Crer possível, o impossível, é caminhar por uma esperança do desgosto e da frustração certa.

Crer possível, o impossível, é um dos caminhos mais curtos para o desespero.

Crer possível, o impossível, é dividir com os fanáticos sua ignorância, e é dividir com os loucos seu apego a irrealidade.

Crer possível, o impossível, só é possível em sonhos ou em milagres: Sonhos podem ser lindos, mas são irreais, podem até ser importantes para nossa transformação, mas nada em si transformam. Milagres podem ser lindos e motivadores, apenas como conceito, pois que são também irreais, e por isto perigosos. Se eu preciso crer em milagres para me motivar ou mesmo para justificar minha existência é porque ainda não aprendi a força do amor e a beleza do viver, uma vez que fadados à morte todos estamos e sempre estivemos. Dar valor de possível, ao impossível, é não dar o valor real que a vide merece, é se perder em pensamento, é arrastar-se atrás do que nunca será, do que nunca virá, é abrir mão do crítico e do racional, é muitas vezes confundir totalmente o real com o ideal, a verdade com desejos ...


#transformandooser

terça-feira, 22 de março de 2016

Encenações de amor

Somos todos, cada um de nós, parcialmente atores, parcialmente diretores de nossas vidas, e muitas vezes somos meros figurantes, carregados, arrolados, envolvidos e impactados, em nossa própria vida e nas vidas de todos irmãos, horas pelo próprio caos do natural viver, horas por inações, horas por anemia política e filosófica, horas por omissão, horas por domesticação, opressão, ou indução, e horas por interesses. 

É mister que existem irmãos em espécie seriamente engajados, não só por uma transformação necessária, mas também pela solidariedade e pela humanidade natural. Infelizmente, mesmo sem nos percebermos disto, muitos de nós acabamos por não nos doar em verdade, em não “darmos” nada (a menos das sobras, do que já nos incomoda, do que não mais nos interessa, ou das “velharias”), acabamos assim por não nos darmos aos outros, por estes outros, mesmo que necessitados. Todos sabem minha interpretação sobre a caridade, que necessária frente a “emergencialidade” dos fatos e necessidades, acaba não sendo fator de transformação e muitas vezes acaba sendo fator de manutenção do que aqui já está. Por favor não deturpem minhas palavras, entendo que a caridade é mais que necessária, é premente, e é linda, mas devemos ter firme postura de que necessitamos um comportamento muito maior do que o meramente caridoso.  Cabe aqui um adendo importante: do ponto de vista de quem recebe, de quem é foco, alvo da ação da “caridade”, pouco importa se o ato é por vaidade, por interesses, por mero atitude de se livrar de algo, ou outro qualquer motivo, pois a necessidade desconhece razões, a necessidade faz com que toda e qualquer “ajuda” seja sempre aceita e até bem-vinda. Muitas vezes apenas emprestamos (porque desejamos algo de volta), ou investimos (porque desejamos maiores retornos), ou buscamos colecionar bônus com algum ser transcendente, e desta forma acabamos por enganar, ou tentar enganar, a nós mesmos e os outros, tentando nos fazer crer que sabemos o significado da caridade, da doação, da sensibilidade, do comprometimento, e do altruísmo, quando apenas conhecemos o significado da vaidade, da arrogância, da presunção, dos interesses, e da necessidade que nos vejam encenando passos de amor.


#transformandooser

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Somos Humanos

Estamos longe de ser absolutamente maus e também absolutamente bons, não somos e nem conseguimos ser absolutamente racionais e nem tão pouco absolutamente irracionais, não somos totalmente sãos mentais porém tão pouco somos irremediavelmente loucos, não somos absolutamente céticos e nem absolutamente crentes, não somos e também não conseguimos ser absolutamente conscientes, mas também não significa que sejamos absolutamente alienados de nós e do mundo que nos cerca, estando desta forma longe da inconsciência total. Não conseguimos ser realistas em excesso, o real muitas vezes nos foge "arrediamente", mas não significa que devamos assim ser idealistas.

Somos complexos e vivemos esta mesma complexidade horas amando, horas realizando o triste sentimento do ódio, horas choramos a dor dos outros e outras horas passamos em frende indiferentes e insensíveis a dor dos irmãos em espécie ou mesmo de nossos primos animais. Vivemos também os desejos e as loucuras, vivemos o que somos e o que podemos ser, vivemos nossa gênese natural e vivemos nosso fenótipo construído.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

De que adianta

De que adianta para a sociedade que eu leve uma vida sossegada, quando o sossego é apenas uma desculpa para minha omissão, e justificativa para minha inação.

De que adianta eu levar uma vida moderninha se a modernidade for uma máscara para minhas libertinagens.  

De que me adianta levar uma vida sem referência humana e sem compromisso social.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Do infinito presente que vivemos

Do infinito profundo de nosso ser brotam momentos fugazes. Instantâneos de um ser que a cada momento se faz não sendo. Momentos que se vão em um eterno se suceder de um presente que se descortina continuamente para a eternidade do porvir, em um espaço-tempo, que sem tempo e sem espaço, se faz coisa única, o muitas vezes não intuitivo, espaço-tempo. Nossa realidade, é um escopo reduzido da realidade do tudo, pois que somos também este imanente tudo, em um espaço, talvez aberto, talvez fechado, mas que nos faz acreditar que navega sempre para um futuro, em um instante que já é passado.

sábado, 16 de maio de 2015

Pensamento e transformação



Os pensamentos só valem a força de transformação que possam agregar. Pensar, refletir, meditar e nada fazer é brincar de ser humano.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ética!?


Ética!? Brincadeira! Quando uma parcela enorme da população mundial (talvez mais da metade da humanidade) padece do abandono social, sofre fome, miséria, dor, doenças, são exploradas, e são verdadeiros excluídos de toda, ou da maior parte, da dignidade humana, falar em ética é brincar de se enganar. Nossa ética, quando a temos, é pequena e localizada, e fortemente contaminada por interesses e preconceitos. O Triste é que no geral não nos revoltamos mais com o sofrimento alheio. Fazer caridade é necessário, mas a revolta que pode ser inclusiva, e motivadora de uma transformação da sociedade, todos temos desculpas para não nos envolvermos nela. Ética é uma palavra bonita em discursos e em defesas próprias, mas o sofrimento é a condição dominante para uma imensa parcela dos seres vivos, e tudo isto para servir realmente a muito poucos, no geral nos omitimos apenas por migalhas e por medo de perder o que é nosso, quando muitos sequer sabem o que é ser em verdade, quanto mais desfrutar de algo ter.

Sou um repugnante ser, pois minha revolta não é suficiente para abandonar a mim mesmo em uma luta séria e compromissada com a dignificação de todos, e não apenas dos que me envolvem. Tenho vergonha de ser humano sem ter humanidade verdadeira.