Somente a leitura nada transforma. Obre, ouse, exponha-se, comprometa-se e caminhe com empatia. . . . . . . . . . . . Transformando o Ser ==> www.transformandooser.blogspot.com

segunda-feira, 31 de março de 2014

A voz da loucura


A voz da loucura bate diariamente a minha porta que ousa nunca se fechar. Sons dispersos buscam me fazer roer parte do que sou, pela vitória dos que não conseguem ser. Rolo ladeira acima, empurrado pelos ventos do desespero, aqueles mesmos ventos que me envergonham por ser eu da mesma espécie daqueles que sopram ferozmente segregação sem nenhuma fonte de vergonha, daqueles que trovejam exclusão, daqueles que em nome do santo poder e da gloriosa riqueza se cobrem de glamorosa vaidade que mais os fazem exemplos do que não poderia um humano ser.

Quase nada têm a dizer


Muitos, quase nada têm a dizer, porque quase nada fazem, quase nada pensam por si mesmos, quase nada criam e quase nada transformam, quase tudo repetem ou aceitam, e finalmente quase nada têm a falar, porque quase nada ousam e quase sempre se omitem.  

sexta-feira, 28 de março de 2014

Com medo do mundo

Com medo do mundo, tenho medo de mim mesmo. Com medo do mundo tenho medo de toda e qualquer transformação. De pé, como que esperando uma revanche, que nunca chega, e que não é por aí, que nunca vai chegar, pois que a transformação se faz por atitudes e não por espera, se faz por amor a uma causa e não necessariamente por ódio a coisa alguma. Com medo do mundo esperava a transformação que não tinha coragem de ousar, e reclamava a falta de revolta nos outros que tinha medo de sentir, fazer ou demonstrar.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Escrevo por desassossego


"[Não escrevo] por amor, mas por desassossego. Escrevo porque não gosto do mundo em que vivo."
Saramago ao ”El Día”, Tenerife, 15 de janeiro de 2003.


Praticamente não conheço Saramago, a menos de seus livros e do prêmio Nobel que ganhou, mas aqui e acolá vou esbarrando com alguns pensamentos dele, e sem venerar a pessoa dele, e de ninguém, posto que humano deve ser cheio de falhas, ele vai lentamente se tornando, para mim, mais um daqueles que entram para o rol dos paradigmas humanos que entendo valer a pena conhecer. 

terça-feira, 25 de março de 2014

Sonhar pode ser humano


Sonhar é humano e natural (talvez não só humano), é muitas vezes até mesmo uma força motivacional, mas o que é humano não é transformar sonhos em realidades, pois que alguns sonhos poderão nunca ser reais, o humano é transformar o real, a natural e imanente realidade, em algo cada vez mais justo, social e humano, em total comunhão com toda a natureza.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Ouvir

Não é porque eu tenha grande certeza de algo, ou porque esteja cercado de pessoas que possuam as mesmas certezas, e que gozem das minhas mesmas crenças, que eu não deva abrir a porta aos que de mim discordam, e que deva me silenciar prestando atenção as argumentações daqueles que diferente de mim pensem, pois que de início raramente as certezas podem ser absolutas, se em algum caso possam ser, e o consenso puro pode levar a falhas absurdas de raciocínio, pois que não é o que pensamos que nos faz livres pensadores, mas o como pensamos, e em continuação, devo ouvir atentamente, nem que seja para provocar o que acredito ou, no mínimo, que seja para me lembrar do porque eu penso da forma que penso e assim me recordar do porque, e do como, justifico minha posição inicial, e se for o caso, ceder a argumentação quando esta for lógica, racional e criticamente bem estruturada, corroborada por evidências ou modelos que pareçam mais verdadeiros.

sexta-feira, 21 de março de 2014

A transformação social

A transformação social passa por uma verdadeira reconstrução humana, pela revolução do eu, e pela insurreição do ser contra o egoísmo e contra a individualidade como razão de ser do que aqui está, passa também pela miscigenação destes seres, reconfigurando o eu sou pelo nós somos (um nós não porque apenas nos coloca escopo do grupo local, mas muito mais um nós universal que inclua além do eu, do tu e do ele, que englobe todos os eles, quaisquer que sejam eles, independente do que pensem ou do quão diferentes possam parecer do nós local), sem aniquilar o indivíduo, mas fortalecendo o coletivo e o universal, minimizando, porém sem destruir jamais, os valores do pessoal, permitindo assim que a autoestima ganhe ares sociais, que o amor próprio ganhe ares de coletivo, em geral pelo reconhecimento de que nosso auto reconhecimento como humanos sempre passará pela descoberta e pela realização de que somos intrinsecamente seres coletivos, em nossa plena individualidade.

Insensibilidade

A insensibilidade humana é causa ou consequência do que aqui está? A sociedade é o que é porque somos humanamente insensíveis, ou será que somos insensíveis por que a sociedade é o que é? Não sei. Talvez ambos. Causa e consequência neste caso talvez andem alinhadas e de mãos dadas, uma reforçando a outra. Somos insensíveis (ou muitos de nós somos insensíveis) e ao longo do tempo reforçamos a sociedade no que ela é, e ao mesmo tempo, porque a sociedade é o que é, ela reforça em nós cada vez mais nossa insensibilidade humana e social.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Transformando o ser

Por uma humanidade mais empática, por um social mais comprometido com a dignidade, e por uma dignidade de ser livre sendo responsável pelo compromisso social de ser humano, em uma realidade universalmente inclusiva e igualitária, e onde o “nós” possa realmente ser global, incluindo o “eu”, o “tu”, o “ele”, e o mais importante, incluindo “todos os eles”.