A transformação social passa por uma verdadeira reconstrução humana, pela revolução do eu, e pela insurreição do ser contra o egoísmo e contra a individualidade como razão de ser do que aqui está, passa também pela miscigenação destes seres, reconfigurando o eu sou pelo nós somos (um nós não porque apenas nos coloca escopo do grupo local, mas muito mais um nós universal que inclua além do eu, do tu e do ele, que englobe todos os eles, quaisquer que sejam eles, independente do que pensem ou do quão diferentes possam parecer do nós local), sem aniquilar o indivíduo, mas fortalecendo o coletivo e o universal, minimizando, porém sem destruir jamais, os valores do pessoal, permitindo assim que a autoestima ganhe ares sociais, que o amor próprio ganhe ares de coletivo, em geral pelo reconhecimento de que nosso auto reconhecimento como humanos sempre passará pela descoberta e pela realização de que somos intrinsecamente seres coletivos, em nossa plena individualidade.
Realizamos individualmente o eu, pois é o que podemos individualmente realizar, mas compomos um ente social, um corpo coletivo que somente existe porque existem os indivíduos, todos eles, sem preconceitos ou exclusões.
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