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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Em minha juventude: Amor

Falava do amor...
O amor, este ideal de ser, de sentir, de viver e de repartir. Este ideal de comprometer-se, de doar-se e de superar-se.  O amor ideal não é uma qualidade física, ou um atributo natural à existência do viver, animal, humano, A natureza possibilita o amor, mas nem todas as variações do sentimento de amor é algo naturalmente plotado geneticamente em nosso ser mental, entretanto, o amor enquanto realizar é um sentimento (e uma prática) natural, posto que mental, hormonal e bioquímico. Isto não significa necessariamente nada de bom ou de ruim por si só, significa que horas ele atuará por derivação genética como o sentimento de amor pelos nossos filhos, pois que a evolução selecionou naturalmente aqueles pais que mais amavam seus filhos, pois estes pais mais defendiam seus filhos e mais se esforçariam para mantê-los a salvos, e desta forma permitindo assim que os filhos sobrevivessem mais e chegassem a idade da reprodução (não é ofensivo, é o natural da animalidade humana). Os filhos que mais sobreviveram foram aqueles que foram mais protegidos por seus pais. 


O amor assume naturalmente muitas formas, todas elas naturais e mentais, algumas vezes se apresenta como paixão (entendo que aqui alguns discordarão de mim, mas entenda paixão aqui como aquele sentimento profundo, quase visceral, que nos faz querer dividir nossa vida com outro alguém, que nos deixa com vontade de proteger e ajudar a pessoa desejada, e que também nos deixa com vontade e desejos sexuais para com esta outra pessoa), simplesmente pela mesma seleção natural que permitiu a pais apaixonados permanecerem mais tempo juntos e assim melhor proteger sua prole, que desta forma acabou deixando maiores quantidades de descendentes, outras horas assumiu a forma de altruísmo, pela seleção de grupo, onde a doação de alguns permitia a sobrevivência de outros e assim novamente possibilitava maiores descendentes ao grupo como um todo. Agora o amor indistinto por estranhos não é ainda, naturalmente, uma seleção natural, não nascemos totalmente programados para amar a todos, aos distantes, aos diferentes ou aqueles que pensam diferente de nós e que não comungam de nossas crenças, neste caso, este amor, apesar de haver em nosso cérebro, estruturas básicas que o possibilitem e que deem suporte orgânico e mental para existir, ele precisa ser garimpado, construído, reforçado, e reconstruído continuamente. Desta forma, construir este amor é possível, mas não é necessariamente algo fácil de fazê-lo, principalmente aos mais distantes, aos mais estranhos a nossa forma de pensar, aos mais diferentes e aqueles que em nossas crenças mais básicas e fortes, mais diferentemente pensem, neste caso o construir um respeito a estes próximos acaba sendo mais fácil de conseguir do que construir um verdadeiro sentimento de amor por eles. Entendo e espero que, por escolha pessoal, todos escolham amar os estranhos além de somente respeitá-los. Assim, não obstante o respeito sincero já ser uma parcela do amor (em contrapartida apenas ao respeito por força da lei ou do poder) , este amor necessita ser construído passo a passo, e acabará assim sendo também um amor natural, mental e hormonal.


Segue um pequeno escrito elaborado em 12 de Junho de 1980

O amor é belo
 Viva com amor
  Com amor sincero
   Viva só de amor
    De amor eterno
     Viva pro amor
      Para o amor vibrante
       Viva do amor
        Do amor brilhante
         Viva este amor
          Este amor entusiasmante
           Viva o amor.

Viva não somente um amor que adorna, viva um amor que transforma.
Viva não somente um amor que funciona, mas viva um amor que revoluciona.
Não viva apenas um amor simpático, viva um amor empático.
Não viva apenas um amor que parece fantasia, viva um amor que contagia.
Não viva enfim apenas o amor dos outros, viva o amor pelos outros.

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