Somente a leitura nada transforma. Obre, ouse, exponha-se, comprometa-se e caminhe com empatia. . . . . . . . . . . . Transformando o Ser ==> www.transformandooser.blogspot.com

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Humanidade

Meus olhos se calam frente ao silêncio do brilho de sua voz, e do esgotamento real de seu especial viver. Meu corpo se esvai de meu ser, simplesmente porque em alguma janela do tempo você se perdeu em nebulosa presença espaço-temporal. Volta inteira, volta em presença de espírito e em lúcida realização de si mesma, ilusão a minha, implorar sua volta, se sua presença depende de nós, seu retorno nunca se fará de fora para dentro, e sim de dentro para fora (individualmente) e de dentro para dentro (coletivamente).

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Representações

Agora e sempre um retrato paisagem do mundo, mesmo que pintado a ouro, ou feito por mãos geniais que sejam, não tornam mais humana nenhuma sociedade, nem mais social nenhuma realização humana. Uma violeta de sangue ou uma estrela agonizante também não são símbolos de nossa (des)humanidade. Pinturas, textos, ou descrições orais podem apenas e tão somente representar, podem maquiar, ou podem servir de desvio da realidade, mas nunca serão em si mesmas nada que se aproxime da verdadeira realidade do viver e do existir, onde apenas a realização deste viver pode realmente exprimir o real.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Incomoda-me


Incomoda-me imaginar que ainda existem pessoas que acreditam, até mesmo ingenuamente, que este sistema garante alguma forma digna de que todos possam chegar a ter alguma igualdade social e econômica, ou mesmo que ainda creiam que oportunidades iguais seja justo, apesar da total desigualdade social, política e econômica que nos é comum. 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A minha morte, em si mesma, não pode me ensinar nada

A minha morte, em si mesma, não pode me ensinar nada, pois que morro uma única vez, sem segunda chance, sem direito a recuperação, sem continuação, num estante sou alguma coisa, no outro sou eterno nada (se alguém retornou, na verdade nunca retornou, é porque este alguém nunca morreu de verdade, é o que poderia chamar de estado de quase morto, mas não de morto de verdade). Mas a morte dos outros, dos amigos, dos estranhos, com estas sim posso aprender algo, estas me ensinam alguma coisa, como é triste morrer e não deixar amigos, e não deixar bons exemplos, não deixar boas obras, morrer e virar um nada físico e um nada na memória dos outros, um nada na vida dos outros, morrer e nossos filhos nada terem de bom para falar, pensar e sentir de nós, se não temos filhos, o mesmo vale para nossos amigos, colegas, companheiros.