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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Uma sociedade que silencia

Uma sociedade não se finge de muda, se tal parece é por que ela está realmente muda, é porque ela deve ter se emudecido ao longo do tempo, da convivência com os excluídos, como se estes não fossem nosso problema, ao longo do crescimento da individualidade e da insensibilidade, posto que se emudeceu naturalmente, como se natural fosse aceitar a desumanidade social. No geral, uma sociedade não pode se fingir de nada posto que ela já seja, simplesmente reflete a emergência intricada, caótica e emaranhada de seus próprios membros, seus interesses maiores e o comportamento domesticado pelo sistema em alinhamento com desígnios dos que detêm o poder econômico, político e corporativo. (Lembrar apenas que caótico não é, e nem nunca foi, sinônimo de aleatório, não é o oposto direto de determinado, e sim sinônimo de não previsível em totalidade apesar de ser um processo determinista em essência). Se a nossa sociedade é muda, ela o é pela desumanidade, insensibilidade e inação da maioria de cada um de seus membros. A sociedade emerge da complexidade mental de cada um de seus membros, de suas interações, de seu comportamento, de suas aspirações, de seus desvios, e de seus interesses, refletindo em realização social, o compromisso, ou melhor o descompromisso, humano de cada um de nós.