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terça-feira, 20 de maio de 2014

Sobre a humanidade


A humanidade é um atributo individual, representa o nosso ser, mas somente faz sentido, se nos valoriza em relação ao corpo social.

A Humanidade que só se veste a si própria, é desumanidade que despe o corpo social.


A humanidade é um corpo granular que individualmente nada é de especial, mas quando se liga aos demais, não por si, mas pelo conjunto do qual é também um elemento, ganha força e faz a real diferença entre o mero individual, que também natural, e o ser social.

A humanidade que cultiva preferências ao igual e rejeição aos diferentes, aos diversos, ou as minorias, não agrega real valor social, nem dá liga que sustente este mesmo corpo social.

A humanidade não é uma invenção, é uma descoberta em eterna construção.

A humanidade que busco fora de mim, é uma espécie de papel teatral que busca na verdade ajudar a me enganar de que não sou culpado ou responsável por toda e qualquer desumanidade decorrente do que faça, ou do que por inação ou omissão, decorra do que não faça. 

A humanidade não é um produto que se compra, troca ou se adquire, a humanidade é um estado de ser, de realizar nossa existência, de comprometer-se pelo próximo e pela natureza, e de tornar-se um ser social sem deixar de ser único em sua individualidade.

A humanidade é uma qualidade múltipla e complexa daquilo que deveria, realmente, nos fazer humanos.

E quanto mais pensava sobre a humanidade, mais descobria ser muita presunção e prepotência termos nos definidos como “animal humano”, mais ainda como “ser humano”, e mais tinha certeza que quase não nasceram verdadeiros seres humanos, se é que algum já nasceu. E quanto a mim? Triste descoberta. Sou no fundo tão pouco humano como a maioria de todos nós, a humanidade ainda passa ao largo de meu ser, talvez por isto ainda não tenha me revoltado por completo contra o que aqui está. E este comportamento de não revolta torna mais fácil entender a sociedade, simplesmente porque me vejo um pouco nela. Mas entendê-la é um ato passivo, necessário para perceber a desumanidade que ela transborda, mas inerte, por si só para alguma transformação.


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