Se o que atrasa não adianta, não adianta tentar atrasar o futuro que sempre, pontualmente, chega na hora. Mal se faz presente e já se adianta como passado que já é. O presente desta forma poderia ser a eternidade do futuro que se adianta para ser passado, sendo indelevelmente o presente que sempre ousa se descortinar para o que ainda não é, mas quando o sentimos como presente, ele já o foi, não mais sendo.
Como adiantar ou atrasar o que ainda não é ou o que já mais não é? Não adianta tentar, pois o que já não mais é, será impossível de ser revivido, e o que ainda não é, poderá nunca ser, e sendo, nunca será o que não era, pois só é em transição do que ainda não é para o que já foi. Mas podemos e devemos atuar no contínuo presente para transformar, não o que já foi, pois para todo o sempre será, por mais que nos esforcemos, e nem para transformar o que ainda não é, pois não sendo, é impossível de ser transformado, mas podemos transformar o que é, possibilitando a cada novo é, do contínuo realizar, ser algo diferente do que o continuo é que acabou de ser. Apenas no presente podemos transformar o ser que somos.
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