Quanto mais me esforço por me conhecer, mais conheço um ser que não gostaria de ser, um ser que muitas vezes me assusta, que me envergonha, mas que é o ser que sou, sendo os “eus” que me fazem ser. Conhecer-me não pode, e nem deve, significar que devo aceitar-me de forma passiva, natural e sem revolta, pelo contrário, conhecer-me deve ser um caminho para alguma transformação de meu ser, de meus seres, do que sou e do que posso realmente ser, não por mim, mas pelo social.
O que importa é que quanto mais tento me conhecer, mais descubro até a onde um ser (des)humano pode chegar, e melhor entendo a sociedade (des)humana que ajudamos a manter.
Quanto mais me conheço, mais certeza tenho que a jornada pelo humano requer muito mais esforço, compromisso, atitude, revolta e ousadia para transformar meus seres, na busca de pelo menos maior respeito pelo social, pela natureza, e pelas causas humanas.
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